Alas da esquerda pressionam por mudança no texto, mas vice-presidente afirma que trabalho de gigante do PP baiano “é sério e tem seu apoio“
Satisfeito com o texto da relatoria do Novo Marco Fiscal – que estabelece novas regras para as contas públicas do país e prevê que as despesas federais não poderão subir acima das receitas, evitando uma alta maior da dívida pública – Geraldo Alckmin (PSB) elogiou o trabalho desenvolvido pelo deputado federal Claudio Cajado (PP) e disse que o projeto de lei “está em boas mãos”. A aprovação é significativa pois tem origem, não penas nas pastas do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, quanto do Palácio do Jaburu.
O parlamentar, que tem forte relação e atuação no Sudoeste baiano e em Vitória da Conquista lidera a executiva Progressista, exercida por Romilson Coração de Leão, garante o cuidado e conversa com as bancadas, e ficou em Brasília neste final de semana, trabalhando na conclusão do relatório, noite a dentro, focado no encaminhamento final do projeto, cuja apresentação é esperada para esta terça-feira (16/05).
Dono da caneta, Claudio Cajado garante que “o relatório do novo marco fiscal foi elaborado a partir de um amplo estudo, com a avaliação de todos os itens, artigos, incisos, já que o projeto remete a outras legislações, como a lei de responsabilidade fiscal, a constituição federal, a lei de diretrizes orçamentárias”.
A opinião e posicionamento do vice-presidente da República vem num importante momento da relatoria, em que o fórum de partidos de esquerda, formado pelos presidentes e líderes congressuais de PT, PSB, PDT, PSOL, PCdoB, PV e Rede, pressionam por mudanças no texto final, como maior flexibilidade às despesas e investimentos, além da retirada de itens como saúde, educação e Bolsa Família e o aumento dos percentuais para o crescimento do gasto em termos reais.
Daí a importância do apoio e pala
vra da voz de articulação do governo e braço direito de Lula. Geraldo viabilizou a grande conjuntura pela chapa Lula em 2022 e liderou com reconhecimento do presidente a transição e organização pré-governo e é o único com a força de dois gabinetes, o da Vice e o do ministério.
Experiente, cabe a ele missões importantes, como estabelecer canais de comunicação com setores dentro e fora da política e, no governo, negociar votos decisivos para aprovação de projetos no Congresso com absoluta e necessária discrição.
“No comecinho, o governo encaminhou o projeto de lei do novo regime fiscal, e o relator é o deputado Cláudio Cajado, que tem feito um bom trabalho. Está fazendo um trabalho sério e eu defendo muito o projeto de lei, o novo jeito fiscal. Ele é inteligente, porque ele atende a necessidade de termos o marco fiscal bom, estabelecendo a meta de redução de dívida, a redução da dívida”, defendeu Alckmin, que concorda com a aproximação e boa relação com o setor produtivo, sociedade civil organizada, Confederação Nacional do Comércio e sindicatos, dentre outros.